Quem assiste a novela Malhação: Vidas Brasileiras pôde acompanhar o drama vivido pelo personagem Leandro, interpretado pelo ator Dhonata Augusto, por escolher a dança como profissão.
Na trama, ele sofre preconceito do pai Tom (Daniel Ribeiro) por gostar de dançar e bullying dos amigos da escola após se apresentar em um número de Stiletto, uma dança conhecida por seus movimentos sensuais e feita de salto alto.
Na história, Leandro é dançarino de street dance e começa a ter aulas de Stiletto com a professora Priscila (Gabriela Loran), a primeira personagem trans em 23 anos da trama no ar.
O personagem, heterossexual, se apresentou em uma performance com Drag Queens e levantou a bola para uma reflexão: afinal, o que a opção sexual tem a ver com dança?
Absolutamente nada é a resposta certa!
Assim como nas danças urbanas, o Stiletto trabalha técnicas e movimentos do jazz, do ballet e coreografias que trabalham a coordenação motora, o equilíbrio, entre outros benefícios. A questão que está enraizada já em nossa sociedade é que, infelizmente, a dança é vista como uma prática feminina em muitos casos, principalmente as danças individuais.
As mães colocam as filhas para fazer ballet desde os 3 anos, porém os meninos vão para o judô ou para capoeira. Não desmerecendo outras atividades físicas, todas elas são boas e trabalham diferentes áreas importantes para o crescimento, mas existe uma separação bem nítida de atividades para meninos e para meninas.
Crescemos com isso e depois seguimos semeando essa segregação, quase que sem perceber.
Nas danças de salão podemos ver uma participação maior da presença masculina, mas ainda temos a visão tradicional do homem condutor e a mulher sendo conduzida. Já existe em alguns locais a proposta da condução compartilhada, para que ambos possam propor durante a dança e também da dança entre pessoas do mesmo sexo.
Dançar é uma forma de expressão, é arte, é entretenimento e isso é livre de gêneros ou rótulos.
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Stiletto - charme, elegância e poder!
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Foto: Gabriel Alcântara (Professor de Stiletto)
por: Amanda Mota